quarta-feira, maio 23, 2007

Ponto da situação

Com o regresso ao trabalho tenho tido pouco tempo para "postar".
Confesso que os primeiros dias não foram fáceis, até porque não perderam a oportunidade para me colocar um cadito mais para baixo. Mas resisti com classe. Portei-me lindamente. Tive orgulho de mim própria.
Agora tenho feito um esforço para ser apenas plateia. Não é a minha forma de viver. Gosto de me empenhar e dar o máximo em tudo o que toco, mas é importante saber defender-me e ter a noção que o meu equilibrio emocional é bem mais importante do que qualquer medalha de cortiça.
Por isso amigos, a tal gargalhada que tanto me caracteriza e de que falam ainda não está pronta a sair, mas começo a sentir que para lá caminharei. Serenamente. Mais crescida. Com confiança de que surgirá.

Sábado vou, por uma semana, para Itália em trabalho receber formação. Acho que vai ser hiper cansativo (os promotores da formação não brincam em serviço) mas vai ser gratificante.
Já não viajo há uns anitos por isso vai saber-me bem toda aquela adrenalina do avião.
Voltar a Itália é uma benção (apesar de ser em trabalho).
Estar uma semana de férias de filha também vai ajudar na relação com a princesinha.
Receber formação a nível internacional é sempre uma mais valia.
Por isso abraço este desafio.

domingo, maio 20, 2007

Um degrau

Hoje recebi elogios à minha pessoa, nomeadamente ao meu lado profissional e de caracter.
Soube TÃÃÃÃÃÃÃÃÕOOOOOOOO BEEEEEEEEEEMMMMM!!!!!!!!!!

Engraçado... como foi que me deixei cair ao ponto de ter duvidado de tanta coisa sobre mim?... quando foi que passei a não validar os elogios?... quem foi que me fez tão mal que me conseguiu empurrar para os subúrbios da auto-estima?... porque lhe dei tanta importância quando não a tem?... como fui eu cair desta maneira?...

Estou a gostar de me sentir a gostar de mim novamente. É uma sensação de segurança tão maravilhosa que tenho dificuldade de colocar em palavras.
Aos poucos eu chego lá...

sexta-feira, maio 18, 2007

As melhoras


Minha linda, espero que essa treta desse mal estar se vá embora depressa.
Temos terapia taurina e uma jantarada à maneira em atraso.
Estamos contigo! Força!
Beijocas muitas!

Sortuda


Continuo a achar que devo ter uma estrelinha guia para escolher amigos que vou conhecendo.
Ou então tenho uma intuição levada da breca!
Os meus amigos são mesmo FANTÁSTICOS!
E cada um que me disponho a conhecer hoje em dia e abrir as minhas "portas" vale ouro!

quinta-feira, maio 17, 2007

;)

Sinto-me poderosa e cheia de orgulho de mim própria!!
Yes!! Yes!!
(não, a neura e a deprê ainda não passaram mas há coisas da treta que nos deixam bem)
Ora bem! A saber:
Ontem à noite ao puxar a persiana (ok, ok, ok... em Lisboa diz-se estore) da cozinha, pimba! ficou completamnete em baixo por ter rebentado a fita.
"Xiça!..." pensei...
"e agora? Será possível? não acredito! vou ter de chamar alguém pra vir cá ver esta porra"
Hoje ao chegar a casa dei conta do imbróglio. Desafiei-me "Então DIV, não acredito que não sejas capaz de te desenrascar sozinha?! Não deve ser assim tão dificil... Se arranjas torneiras, secadores de cabelo e máquinas de café, não há-de ser uma fita de persiana que te vai manchar o curriculum!..."
Toca a ir buscar a caixa de ferramentas e desapertar uma infinidade de parafusos.
Visto como a antiga fita se encontrava aplicada, vai de comprar uma nova.
Na loja, pergunta-me quem me atendeu:
- Sabe trocar isto?
- Não deve ser assim tão dificil. Basta olhar para a velha e fazer igual, não?!
- Não me parece. Sabe que isto tem passos a cumprir. Por ex. uma roldana tem de enrolar em sentido contrário à outra... é dificil quando é apenas 1 pessoa a fazê-lo...
- Huuummm... afinal é mais complicado do que pensava... Explique-me por favor como se faz passo, por passo. Eu hei-de conseguir.
O senhor foi realmente paciente e simpático. Explicou tudo tim-tim por tim-tim.

Ao fim de 40 minutos de volta da geringonça, CONSEGUI!!!!!!!!!!!!!!!!
É realmente FANTÁSTICA a sensação de conseguir uma façanha perante a qual mais parecia um boi a olhar para um palácio e SOZINHA!!!
Fiquei tão orgulhosa de mim própria!!
YES!! YES!!

Posto isto acho, que para ganhar umas coroas, vou abrir um serviço de arranjo de pequenas avarias domésticas ao domicílio. Até me safava bem!! ;)

quarta-feira, maio 16, 2007

Uma perdição!


Nestum com Mel e Cerelac tradicional!

Até me babo quando me dão uns acessos de desejo por estas maravilhas do planeta!
Gosto quando não fica bem desfeito e encontro umas bolas pelo caminho!...
hhhuummm...
Desde sempre me lembro de comprar um ou outro e deliciar-me num lanche numa tarde de inverno.

Quando engravidei, imaginei que faria para a criança uma pratalhada: "Não quer mais. Que chatice! Vou ter de acabar com o resto!"
Mas tive azar.
A pimpolha esteve sempre no percentil 95 do peso e foi proibida pela pediatra de comer qualquer tipo de papa.

Não há desculpa. Quando compro é mesmo para mim. (Depois queixo-me que estou gorda e com pneus...)

Para dar o vosso melhor

Preciso urgentemente de sugestões para dispersar a minha atenção do lado laboral.
Ainda agora regressei e já houve tentativas baixas para me desestabilizar.
Portei-me bem! Fiz silêncio (coisa rara em mim, eu sei... mas consegui!).

Então aqui fica o apelo:
Aceitam-se sugestões que me distrair e que ajudem a minimizar a carga que coloco nesta área. (é certo que só tenho tido 2 interesses na vida: trabalho e filha... P. tens razão: vidinha de caca esta!)

Condições:
- Não envolva muito dinheiro (de preferência não o envolva).
- Seja possível ser feito também com K. por perto (é que com tamanha ausência de pai correria o risco de apenas me distrair 1 vez por mês).
- A goegrafia também é importante - a pessoa aqui está em Lisboa.
- Que dê gozo.
- Que não envolva cozinhar.

segunda-feira, maio 14, 2007

Quanta dor...!!


Nem sei que diga.
Não consigo chegar ao sofrimento de Pais que perdem um filho.
Dizem que perde-lo por morte não é tão mau comparavelmente ao desaparecimento.
Nestas alturas imagino o que seria de mim se me raptassem a minha filha. Apetece-me gritar!!
Acho que ficaria louca e mais facilmente me suicidaria por sentir como incomportável tal dor.

Imaginar a desprotecção, o abandono e o sofrimento emocional e físico sentido por uma destas crianças faz-me chorar lágrimas de sangue.
Há realmente coisas que os Deuses não deviam permitir. Esta é seguramente uma delas.

Em relação ao caso Maddy, diz-se muita coisa.
É certo que mais se está a fazer agora do que alguma vez se fez com outra qualquer criança desaparecida;
É certo que há, a cada minuto, crianças a morrer à fome e por maus tratos;
É certo que só se fala neste caso;
Mas se este aparato permitir que a criança apareça sã e salva e que se aprenda e reavalie formas de intervenção mais eficazes, então já valeu a pena.

Não me sinto também capaz de culpar aqueles Pais. A culpa por eles sentida já deve ser mais que muita...
Negligência. Inocência. Excesso de confiança. Sedativos a crianças. Swing. Tanta coisa se diz... Tanta coisa se pode inventar... Tanto julgamento... É sempre tão fácil falar.
Acredito que estes Pais dariam tudo para voltar atrás. Quero acreditar que eles não têm nada de menos positivo a ver com o caso.

Todos nós como Pais acabamos por ter uma ou outra atitude menos correcta ou de menor atenção. Não somos perfeitos.

Quem nunca errou que atire a 1ª pedra!

De regresso

De regresso ao trabalho...
Sem vontade, nem forças suficientes, mas cá estou novamente.
Queria agora apenas fazer parte da plateia. Deixar andar. Defender-me.
De regresso ao trabalho... queria penas fazer o meu melhor no meu bocadinho, sem expectativas nem empenhamentos excessivos.
De regresso ao trabalho... queria apenas ser boa profissional sem ser maltratada.

domingo, maio 13, 2007

Reflectindo...

Nascida numa família católica praticante e educada no meio, a minha vida foi dando muitas voltas.
Com a adolescência pertenci a inúmeros grupos de desenvolvimento pessoal e católico, estando na coordenação de muitos deles, mas com o divórcio (fui trocada por uma amiga de um desses grupos), afastei-me.
Vivi a podridão que muitas vezes se instala e não soube separar as águas.
Afastei-me de tudo.
Ao vir para Lisboa, fui tomando contacto com uma realidade mais esotérica, fechando sempre portas. O meu lado céptico e pragmático faz destas coisas. No entanto fica sempre um bichinho de curiosidade.
Agora num momento de maior fragilidade emocional sinto necessidade de me agarrar a alguma coisa que me dê paz, que seja mais transcendental.
Hoje informei-me onde se realizam eucaristias de jesuítas aconselhadas por uma amiga.
Mas tenho medo. Medo de voltar, medo do que vou redescobrir, medo de me comprometer.
Nem sei se vá. Estou com vontade, mas... não sei se vá.
Mal não me irá fazer, mas encontrar-me com Ele faz-me arrepiar tendo em conta a distância e desprendimento que promovi.
Confesso que levo tudo muito a sério e este modus vivendi faz-me empenhar arduamente em cada projecto.
Ou tudo ou nada.
Como diz o meu amigo Pedrinho, coloco demasiada carga nas coisas... E depois as desilusões são mais que muitas. Crio umas bolhas de ilusão e caio de cavalo. Em tudo e com tudo na vida.
Entretanto, para me defender, bloqueio o que me possa fazer sentir emoções.
Fujo. Resguardo-me. Ergo barreiras enormes. Fico na minha concha, mesmo que aparentemente seja muito aberta e comunicativa.
Não sei que faça...

sábado, maio 12, 2007

Dia eclético

Decidi aproveitar um voucher de desconto e oferecer-me uma massagem relaxante de 1 hora.
Custou-me relaxar.
Música zen. Ambiente relaxante. Massagem muito boa, mas a minha cabeça andava a 300 km/hora.
Não consegui aproveitar mais do que apenas alguns minutos de abstracção.
(quem sabe das próximas vezes será diferente)
Cheguei ao carro e dei com ele BLOQUEADO!! (aqui a menina anda tão na lua que nem reparou que o parque era a pagar... mas nem mesmo este episódio estragou o estado relaxante)
Nunca vi tamanha eficácia! Multaram-me às 12:11h e às 12:28h já estava o carro bloqueado!! (penso que se tratava de uma espécie de policia municipal em Oeiras. Sempre vão enchendo o saco à dita câmara!)
Pimba 60 euros!!!
(ficou-me cara a massagem; nem o desconto valeu a pena...)

De tarde, sofá! (para a pessoa abobrar um cadinho, que isto depois de uma massagem e de ficar com a carteira vazia cansa muito).

À noite, teatro (Amei a peça!!!) com a minha Toura de Abril, sempre grande companhia.
Longas conversas. Grandes emoções.

(Obrigada Amiga. Foi realmente muito melhor do que ficar em casa fechada mais uma vez. Programa sereno e cultural)

Noutro patamar

Ontem recebi um telefonema da minha colega de serviço e senti-a com:
- As mesmas queixas;
- as mesmas lamúrias;
- as mesmas zangas;
- a mesma frustração;
- o mesmo cansaço/exaustão
de quando vim para casa há 3 semanas atrás.
E sabem que mais?... senti-me a anos luz daquilo, o que se torna uma boa notícia. Pelo menos já estou a recuperar.
Bem sei que 2f vou regressar e que me espera o mesmo, mas vou fazer um esforço para apenas me sentar na plateia.

Sinto-me mais calma e serena.
Estou mais na de ouvir do que na de falar.
A tristeza e o cansaço acompanham-me, porém já noutro patamar.
Não posso, nem quero que a minha sanidade mental continue a ser beliscada, que a minha estabilidade emocional seja condicionada por loucos e não admito que a minha filha volte a sofrer por tabela.
Será pedir muito que façam força por mim agora?... é que a energia de todos é mais forte.
Obrigada.

quarta-feira, maio 09, 2007

De regresso, por hoje...

Estive fora uns dias. Fui à terrinha recarregar baterias.
Estar em família mesmo quando somos "A rebelde" sabe muito bem.
Nestas alturas eles sentem que estou diferente: estou mais por casa, durmo a sesta, ouço apenas... E estou mesmo diferente. A tristeza deixa-nos sem fogo, sem energia...
Tentei fazer apenas e só o que me permitia estar serena, mesmo que isso implicasse não ter tempo, entretanto, para percorrer as capelinhas.
Com a minha filha procurei seguir o ritmo dela, com muitos mimos e muitos beijos.

Eu - Mamã dá muitos...?
Ela - Beijinhos!! (a sorrir de orelha a orelha com um xi coração certeiro!)

Ela merece.
(confesso que tem sido a mais prejudicada e isso vou lamentar 100 anos que viva)

No regresso cheguei à conclusão que terei de equacionar as minhas escolhas:
  1. Estar a fazer O trabalho que me agrada embora implique estar longe dos amigos e da família ou fazer UM trabalho que não me agrade e estar num sítio com mais qualidade de vida e mais perto dos que amo?
  2. O que é prioritário? Estar sozinha e em paz (estar a 200 km de distância tem essa vantagem porque adoro o silêncio) ou estar perto e ter mais apoio, mas levar com a família e o controlo a todo o tempo?
  3. "Progredir" numa cidade de oportunidades (trabalho, formação académica e profissional, formação cultural) mas sem redes de apoio para me ajudar com a minha filha (o que implica não poder aproveitar nada) ou "regredir" e voltar à cidade de origem, sem tantas oportunidades, mas com apoio e quem sabe com a possibilidade de vir cá fazer formação?
  4. Viver de forma mais impessoal no que toca a vizinhos e redondezas (agrada-me), mas sem rede de suporte algum ou viver no meio de alguma mesquinhez (desagrada-me) de pensamento, mas com rede de suporte?
  5. Mudar de alvo/tema de trabalho, sendo que este é a minha Prima Dona? (foi por causa dele que larguei tudo: antigo emprego, família, situação financeira estável, relação amorosa que acabou pela distância)
  6. Mudar de cidade?
  7. Que vida quererei eu ter? em stress embora trabalhe no que goste ou com mais qualidade e a sentir-me sufocada pela mediocridade?
  8. Mas afinal que digo eu?... se é o trabalho que me levou a ficar de atestado... bom, não foi bem o trabalho, mas a idiotice, a injustiça, a incompetência, o aproveitamento, a incongruência que o rodeia...
Não sei se algum dia conseguirei dar respostas a esta imensidão de dúvidas, ou quem sabe até as darei mais breve do que julgo...
Apenas sei que terei de dar tempo ao tempo e viver o mais serenamente possível.
Tudo acaba por nos acontecer na vida desde que nos consigamos sentir serenos e em paz...
Procurarei esse caminho.
Precisarei de ajuda, mas tentarei não desistir.

quarta-feira, maio 02, 2007

Stand By


Depois de muito pensar decidi fazer um stand by no blog.
Ando demasiado em baixo para escrever... aliás só me apetece escrever textos down e cinzentos, como a minha alma.
E para isso mais vale estar quieta (eu própria não tenho pachorra para ler blogs deprimidos).
Por isso amigos, até breve...
Beijos imensos e um xi coração do tamanho do meu antigo sorriso (como diz a minha grande amiga grilo falante).