terça-feira, novembro 27, 2007

Boa ideia!


Ideia bestial para a minha Rinite!
Se me virem por aí, façam de conta que não estão a olhar para uma mulher desesperada, que parece uma anormal!... pelo menos...

sexta-feira, novembro 23, 2007

Começam as pedradas à ferida

A Educadora da pimpolha deu-me um pedaço de cartolina em forma de casa para ilustrar a família com o objectivo de afixar junto da árvore de natal do colégio.

- Ora... isso é que não havia necessidade...
- Mas porquê?
- A nossa família não é uma família tradicional que se represente junta na mesma casa, como sabe...
- Mas quer que lhe dê outra casa de cartolina?
- ... não... (sem grandes certezas). Olha filha, no fim de semana vamos fazer aqui o papá, a mamã e tu. Vamos colocar o papá na nossa casa. Mas tu sabes que ele tem outra casa, não sabes?
Ela acabou por responder afirmativamente e a sorrir, mas a fugir da conversa.

É nestas alturas que me dói mais que tudo não ter uma família tradicional...

Entretanto lembrei-me que podia colocar toda a família: pais, avós, tios e primos. O raio da minha (boa) formação fez-me logo sentir que também tinha de lá colocar a avó a tia paternas, embora nunca mais me tenham telefonado para saber da princesa, acabando por a ver apenas 3 vezes por ano quando o pai a leva.
Ora bolas! tenho de ser assertiva! Aprender a dizer não como escrevi num post há uns tempos!
Afinal quem vai fazer o trabalho sou eu!
Mania de minimizar danos e mal entendidos...
Afinal quem não quis saber e meteu o orgulho e parcialidade de filhinho à frente da neta não fui eu!

Fazendo justiça ao nome

Tou cá com uma meneza...........!!!
Ai meu rico sofá intercalado com a minha rica caminha!!!!

(O que não está a condizer é a malfadada loucura das compras de natal que nos rodeia.)

Vou abobrar mais um cadito, sim?!

quinta-feira, novembro 22, 2007

Irritante postura

Algumas pessoas chegam ao estado de adultez com a certeza nítida de que o que sabem é que é certo.
E como se não bastasse ainda põem em causa modelos perante os quais não têm qualquer conhecimento.
Tamanha falta de humildade, xiça!

(fico com os nervos à flor da pele!)

sexta-feira, novembro 16, 2007

Recordo com ternura aquele quarto

Quando vim para a capital, uma semana antes de iniciar o trabalho ainda não tinha casa.
Não tive outra opção a não ser ficar num quarto de uma casa particular do outro lado da estrada. Esta alternatica era por 2/3 meses para desenrascar. O certo é que acabei por ficar 11 até comprar casa.
Foi muito complicado.
Cidade nova, emprego novo, sem os meus amigos ou familiares, ainda por cima num quarto...
Foi complicado.
Parecia presa num espaço que não era o meu. Nunca tinha passaddo por tal experiência porque estudei na cidade onde nasci, por isso não sei falar sobre experiências de partilha de apartamento ou repúblicas.
Na maiora dos dias saía do serviço às 17h, ia ao super mercado inventar o que comprar (só para não ir logo para casa) jantava cedo e mesmo antes do telejornal já estava sentada na cama a ler ou a ver televisão.
Num outono como manda a tradição em termos climatéricos, estar sentada na "senhorinha" não dava muito jeito.
Frequentemente adormecia passado pouco tempo até ao outro dia para voltar ao trabalho. Parece que apenas queria que o tempo passasse...
Esta cidade acolheu-me em termos laborais mas o facto de ter deixado todos os meus laços para trás implicou alguns (muitos) dias (quem sabe, meses) de grande tristeza. Tenho a noção de ter adormecido a chorar durante meses...
Agora, nos dias em que me sinto muito cansada e com vontade de ir pra cama mal chego a casa, sinto saudades daquela altura, por estranho que pareça... sinto o sabor do momento... saudades daquele canto de silêncio e de repouso absoluto.
Saudades de dormir até não mais ser possível relaxar... sem jantares obrigatórios para fazer, sem sopinha de crescidos, nem banhinho de criança... sem responsabilidades de pensar que tenho de me aguentar para apenas mais tarde ter a possiblidade de me esticar no descanso do guerreiro.
Sorrio só de lembrar do momento...

sábado, novembro 10, 2007

Sublime loucura...

Hoje lembrei-me de ti...

Cheguei já de noite após uma semana de trabalho. O fim de semana iria ser passado em tua casa naquele outuno rigoroso.
Jantamos a mais deliciosa pizza bolonhesa do restaurante C. que não há em mais lado nenhum, acompanhada de um excelente vinho.
A conversa prazerosa não tinha fim à vista de tão agradável....
Brincadeiras , gargalhadas, elogios e bajulações. Um beijo... e outro... e mais outro...
"Anda, vou levar-te a um sítio giro!"
Subimos o elevador até ao último andar, depois as escadas para o terraço.
A porta custou a abrir. Sem pressas percebemos que até a vista do lado de dentro de uma porta de alumínio pode ser belíssima. Abraçaste-me e beijaste-me a nuca intensamente...
Finalmente. clique! Abriu.
A vista é fantástica! Muitas luzes! Consigo situar alguns pontos de destaque da cidade.
Silêncio... Brisa gelada...
Abraças-me e cruzas as mãos na minha barriga. Ouço-te o respirar. Fecho os olhos. Sinto-me na eternidade.
Sinto frio.
Viro-me para te abraçar, encolhendo-me dentro do teu casaco.
Um beijo... e outro... respiramos agora de forma mais intensa... deseeeeeejo...
"Vamos descer?"
Sussurras: "Não... prefiro aqui..."
Estremeço... silêncio... noite... frio... luxúria...
Esqueço o mundo. Fazes despertar em mim uma necessidade de fusão de almas.
Vamos para o chão. Sinto o calor das tuas mãos e o meu corpo a chamar-te intensamente.
(raios de botas de cano alto com atacadores até cima!)
A temperatura baixa arrefece o sangue que vem do interior em ebulição. Não sei de que tremo...
Os gemidos confundem-se com o vento...
De regresso a casa com a sensação que soube a pouco, pelo desconforto ou pela temperatura, talvez.
Conversamos, rimos, sonhamos. Nova eternidade...
Já é tarde.
A varanda do quarto tem a persiana completamente aberta.
"Repara. Daqui também se vê a ponte."
Senti-te novamente atrás de mim. Indicaste-me mais um ou outro sítio conhecido.
Adoro quando me abraças com carinho e me deixas a escolha do que se vai passar... Sorrio com os olhos semi cerrados e sinto-me grata pela sorte que tenho.
Viro a cara de lado e beijo-te o canto da boca languidamente.
Sinto o deslizar das tuas mãos. Quero virar-me. Não me deixas. hhhuuuummm...
A temperatura exterior já não arrefece o calor interno.
Concentro-me de olhos fechados em cada respirar.
Pele com pele.
Ponho as mãos no vidro e deixo-me guiar pelo instinto. Sublime loucura....

Cúmulo das pessoas que anseiam dormir...

... no fim de semana, desde que o sol nasce na 2ª feira.

Ter um fim de semana de pai, coincidente com um sábado de formação (menos mal, sempre tenho onde deixar a criança...), levantar-se à hora habitual de um dia de trabalho, chegar ao local de formação (sempre são mais uns conhecimentozitos, por isso sorri) e não poder ficar porque alguém se esqueceu de validar a inscrição!!!!!!!!!!!!!

gggggggrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, novembro 06, 2007

Condições

À medida que os anos passam por nós e que vamos aprendendo com as relações sem sucesso vamos ficando mais exigentes e colocando mais condições na escolha de parceiro.
Se não suportamos a apatia do A, a ambição desmedida do B ou a irresponsabilidade do C, não queremos repetir a proeza de aturar alguém com as mesmas caratcterísticas.
Se não suportamos gajos de relógios digitais, meia branca, casacos de cabedal pela cintura, pessoas que dizem 3 asneiras por cada 5 palavras e bigode, entre outras coisas, vamos ser realitas... Para quê dar conversa a alguém com estes predicados, na onda do amor supera tudo? Mais tarde ou mais cedo voltaremos a dar-lhes importância e havemos de nos chicotear por nalgum dia de menos discernimento termos embarcado na ideia peregrina que conseguiriamos ultrapassar o preconceito.
Tenho a dizer que a lista das condições está cada vez maior e com emaranhado de cláusulas, o que deveras me preocupa. Por este andar, só em Marte, e com sorte, existirá alguém compatível.

domingo, novembro 04, 2007

Bolinhos de manteiga


Na semana passada a minha filha fez bolinhos de manteiga no colégio.

Pela experiência, lembrei-me que podia repetir a dose em casa. Então hoje de tarde, mãos à obra! Melhor dizendo: mãos à farinha!
Mãos, pés, roupa, chão! enfim... Mais parecia que tinha caído um daquele potes cheio de farinha, dos jogos tradicionais!

Foi giro! ficaram completamente diferente dos originais mas valeu a intenção.

Já agora vai de saquinho para educadoras! ;)
(confesso a minha falta de jeito para estas coisas de cozinha, mas quando se quer, consegue-se!
O que não faz uma mãe por uma filha...!)


Disponibilidade ou falta de Assertividade?

Havia uma situação de adolescência e início de adultez que me deixava louca e furibunda:
- Sentir que os meus amigos nunca se empenhavam por fazer crescer a relação tanto quanto eu;
- Ter a noção que era sempre eu que estava disponível, enquanto eles, sem intenção quero acreditar, telefonavam ou promoviam encontros apenas quando eu deixava de o fazer.
Pudera eu estava sempre presente... nas horas boas e más, nos problemas e desesperos, no choro e na euforia... não dava espaço para que se lembrassem também de o fazer...
Mais parece que fazia os votos nupciais com eles: "na saúde e na doença, na alegria e na tristeza..."
Era a bombeira de serviço 24/24 horas.
(ok isto não se passava com todos, mas os autores destas façanhas punham-me louca e zangada)

Com o crescimento fui percebendo que de nada me vale exigir dos outros pelo menos o que lhes dou.
Eles não conseguem.
E... não têm de o fazer.
Cada um é como cada qual. Temos de respeitar.
Fui ficando menos zangada e deixei de enfatizar comportamentos que me levavam a arrepender do tempo, da disponibilidade e do espaço que oferecia aos outros.

No entanto, este fim de semana voltei a sentir-me assim, apenas porque continuo a mostrar-me SEMPRE disponível e sem capacidade de dizer NÃO, mesmo sentindo que permaneço uma "perna aberta" para os outros, prejudicando a minha vida.

Parece que não tendo marido e apostando na independência do meu tempo e espaço, será sempre mais fácil para mim estar à mercê, de uma hora para a outra, dos buracos que suas excelências arranjam para nos encontrarmos. Ora bolas!

Eu vou aprender a dizer NÃO!!! Ai isso é que vou! Dê por onde der!

sábado, novembro 03, 2007

Os gémeos que vão deixar de o ser

Era uma vez uma bebé que esperava sem pressas pela hora em que uma médica alta e simpática a tirasse por cesariana da barriga da mãe.
Nessa manhã estavam os três, ela, a mãe, logicamente, e o pai na sala de espera da inscrição na maternidade e mais três na mesma situação: os gémeos - outra princesa no hotel de 5 estrelas da mãe, a respectiva mamã evidentemente e respectivo pai.
Nesse momento nasceu uma partilha de emoções e vivências e as pimpolhas nasceram com 3 horas de diferença.
Fomos descobrindo que a relação de cada casal tinha imensos pontos em comum. Tantos que às vezes arrepiava.
Mantivemos sempre uma ligação especial com encontros frequentes.
As catraias (não) partilhavam os brinquedos e brincadeiras.
Os pais partilhavam as cowboiadas.
As mães partilhavam os percentis, as graçolas e o desejo secreto de um dia virem a engravidar na mesma altura. Teria sido emocionante!
Teria sido... digo bem...
Um dia os pais da minha princesa decidiram que a vida em comum não mais faria sentido.

Os gémeos... por sua vez, vão ser abençoados com mais um membro na família.

Fiquei feliz por eles, claro, mas confesso alguma tristeza por não ter conseguido levar a cabo a secreta promessa.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Sorrindo...

Tenho andado desaparecida daqui, mas por nada de especial.
Embrenhada no dia a dia de trabalho, jantar e dormir.
Este tempo fantástico de réstia de verão deixa-me sorridente e sem stresses.

"Sejamos gratos!" Pelo quê? por nada de especial. Gosto disto. Gosto desta sensação de suavidade.
Gosto do sabor do sorriso sem lembranças nem objectivos. Apenas sorrir.

"O amanhã?" o que é isso? E lá interessa?
Quero viver assim, uma hora de cada vez sem pensar que estão a passar.
Quero olhar as diferenças de cada ser como as mais preciosas pérolas por descobrir (ok... esta parte soa a piroso e lamechas).
Gosto e diverte-me a sensação de ter descoberto mais um ponto do funcionamento de cada um como se de uma Eureka! se tratasse.

E o melhor? conseguir chegar à almofada e adormecer em 2 segundos, sem que coisa alguma me tire o sono.