O meu tesouro

Quando saí da maternidade, sentada no banco de trás ao lado da princesa, invadiu-me um sentimento profundo de felicidade… de cuidar… de posse…
Aquela pininina era o que de mais valioso eu tinha para o resto da vida.
Adorava olhar-lhe para as mãos e pés por infinitos minutos e morde-los!

O feitiço de André Sardet descreve que nem uma luva os meus sentimentos de mãe.

Com ela passei momentos de fusão, de preenchimento, de descoberta, de prisão, de felicidade, de impotência, de saudade, de desencaixe, de amor.

Aquelas bochechas, aqueles grandes olhos e aquele “babo gôdo”, deliciam-me.
É sem dúvida a birrenta mor cá do sítio, mas quando me pede colo derreto-me…
Segura, alegre, persistente, doce, divertida, surpreendente, dominadora, meiga e com um sorriso do tamanho do MUNDO.

- Eu sou…?? (peguntando em relação a ela própria)
- Bela!
- e…??
- mas’tás’tica! (leia-se fantástica, para os mais distraídos)

Acompanhou-me nos momentos de inquietação e de dificuldade, sem pestanejar.

É a minha KIKA!!